
Segunda-feira cinzenta, chuvosa é dia de responder e agradecer as visitinhas, mas eu não poderia deixar de contar pra vocês o que aconteceu comigo:
Queria comprar velas de tamanho médio e redondas e fazer um arranjo, tanto para acompanhar a Madona, como para realizar um desafio proposto pela
Hazel. Fui ao mercado (que frequento sempre), porque lembrei-me que lá tem umas velas parecidas com as que eu queria e por um preço bom. Escolhí as velas (tres) e fui ao caixa. Logo atras de mim, estava um futuro vizinho que vez por outra me dava carona (trabalhamos um em cada lado do rio).
Dias depois, estava eu no ponto de ônibus e o tal vizinho passou de carro, numa carreira daquelas. Como não gosto de pegar sempre carona, não me importei, até que, conversando com uma amiga me dei conta do que aconteceu. No dia do mercado, comprei as velas de "sete dias", que são comumente usadas em centros/terreiros de umbanda para trabalhos e ele que é evangélico deve ter pensado que eu faço parte da religião. Marido também já havia me falado que ele (o vizinho) estava meio estranho. Minha amiga que também é evangélica e professora, disse que ia aproveitar o ocorrido para fazer um debate com os alunos dela sobre o PRÉ julgamento e o PRÉ conceito das pessoas em relação as religiões.
Não devemos emitir opiniões a respeito do que não temos conhecimento, muito menos julgar se esta ou aquela religião é a melhor ou a certa. Esta não foi a primeira vez que passei por algo semelhante, talvez não seja a última, sigo a doutrina espírita e já ouví alguns comentários maldosos e também algumas passoas já se afastaram de mim por isso.
Mas e daí? Tenho amigos de todas as religiões e nos damos muito bem. Minhas velas estão lá, lindas, fazendo companhia para a Madona e o arranjo ficou tão legal que eu nem tive coragem de acender as velas ainda. E depois de tanto procurar vou me afastar de meu caminho porque?