A Mulher da Sombrinha

Nasci em Catende, interior deste estado. É uma cidade pequena que surgiu colada com a usina de cana-de-açúcar do mesmo nome. Uma semana antes de carnaval, sai um bloco carnavalesco de nome A Mulher da Sombrinha.

Contam que uma mulher bonita seduzia os operários da usina Catende na ocasião da troca de turno à meia-noite. Dizem que eram surpreendidos por uma mulher loira, alta, com um vestido colado ao corpo e sapatos altos, no meio da ladeira e os fazia seguir com ela. Os coitados acordavam no dia seguinte dentro do cemitério sobre o jazigo de uma jovem que, especula-se seja a tal mulher. Relatos contam que tais operários nunca mais foram os mesmos, a beleza dela não saia de suas cabeças.
Na década de 80, um grupo de amigos brincando o Carnaval, deram início ao bloco carnavalesco A Mulher da Sombrinha: Lerinha, Benjamin(in memoriam), Marcos Catende e outros.
A Mulher da Sobrinha hoje é um boneco gigante de quase quatro metros de altura, que arrasta multidões pelas ruas da cidade ao som do mais puro frevo pernambucano, saindo sempre à meia-noite do cemitério da cidade. Contam alguns que a tal mulher acompanha o bloco, seguindo por último com sua sombrinha de cetim nas mãos e sendo vista por poucos.

É hoje, à meia-noite.

(Foto do site da prefeitura de Olinda/PE e dados pesquisados na Wikipédia)